Fazenda Vila Costina

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Com uma história visionária, empreendedora e politica, as terras da

Vila Costina são dignas de notariedade. Através de gerações, a família Costa Machado desenvolveu uma ampla influência calcada na economia cafeeira.

As memórias iniciam-se com o Capitão Manoel Pinto de Souza e sua esposa, Maria Francisca Esperança de Mendonça. O casal teve apenas uma filha, Maria Izabel, que se casou com José da Costa Machado. Presidente da Província de Minas Gerais entre 1867 a 1868, Dr. José, que também foi senador, possuía ideias republicanas e favoráveis aos direitos da mulher.

Quando deixa este cargo político, se estabelece na região e funda a fazenda Vila Costina. Já em 1890, como deputado federal, faz parte da elaboração da primeira constituição da República.

Com uma imensa estrutura autônoma, a fazenda contava com uma estação de trem para distribuição do café; correio, farmácia, venda, cinema e até um sistema monetário próprio, ou seja, uma moeda com valor de troca que era reconhecido na cidade.

Com a cultura cafeeira em expansão, houve a necessidade da construção (com o auxílio de outros latifundiários) do “Ramal Férreo do Rio Pardo”, prolongamento da Mogiana e que passava por Casa Branca; na fazenda havia uma estação para a distribuição do café. Por volta de 1900, a propriedade cultivava cerca de um milhão de pés de café e abrigava cinco colónias! Costa Machado possuia 20 fazendas.

Para manutenção do legado da família, José da Costa Machado, dispõe da cooperação dos seus dois filhos homens: Giordano e Labieno da Costa Machado. Aos seis anos, Labieno é levado à Europa para estudos: Inglaterra é seu primeiro destino e, mais tarde, passaria pela Alemanha, onde formara engenheiro. Quando retorna ao Brasil, nutrido de pensamentos inovadores, decide ampliar o modelo de negócios da Vila Costina.

– Labieno era fluente em seis idiomas. Foi também um dos responsáveis pela imigração italiana na região e atuava como comissário de café, através da Empresa Machado de Sousa e Cia, com escritório em Santos. Com o irmão Jordano em sociedade, criaram uma importadora de café em Milão, na Itália, para distribuição do “Costina Coffee”.

(Tirada do livro “Fazendas Históricas de São José do Rio Pardo”, realizado pelo governo do estado de São Paulo, Secretaria de Cultura)

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