Toda história deste grande latifúndio começa com o Sr. Luciano Ribeiro, protagonista da criação e desenvolvimento destas terras. Aliás, a primeira fazenda herdada
pelo produtor foi a São João que, mais tarde, foi fracionada e repassada aos descendentes, “Meu pai recebeu-a
como herança de sua mãe, Maria Cândida por volta do fim do século XIX. Depois de casado foi pra lá com mamãe, menina de então 14 anos. Enquanto ele trabalhava a terra com muito esforço e amor, mamãe o ajudava na lida da casa. A casa era um chalé rodeado por florido jardim, pomar com muitas frutas, uma piscina revestida com pedras e um terreiro ao lado para secagem do cafe”.
Como toda extensa propriedade rural do início do século XX possuía características marcantes: era autossuficiente e autônoma. Segundo relatos de funcionários, que ainda moram nas colonias da região, a fazenda parecia-se com uma cidade, onde viviam em média cem familias.
Outra peculiaridade deste modelo de negócio eram as diversidades de culturas de plantio. Tudo se cultiva, desde
grãos (milho, feijão, arroz), hortaliças e, principalmente café. E toda essa força de produção era apoiada pelo sistema de colonato ou meieiro.
Nos períodos que envolvem o final do século XIX e início do século XX, havia muita vida nas fazendas, pois concentravam a maior parte da população dos recém emancipados municípios. As quermesses, festas tipicas e entretenimento eram mais comuns entre o “caldo cultural” que surgiam das colônias de moradores.
Outra questão cultural muito forte era a crença religiosa. Nesta época, missionários visitavam as fazendas e passavam pelo menos um mês disseminando a doutrina cristã.
(Tirada do livro “Fazendas Históricas de São José do Rio Pardo”, realizado pelo governo do estado de São Paulo, Secretaria de Cultura)